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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lupi parte 2


Jurou a si mesmo que sobreviveria e se vingaria daquele e daqueles que viraram as costas em momento que ele tão precisou, pois no mundo acabara de ingressar.
Mas como já lhes disse as estrelas olhavam por tal animal branco no meio da neve, e até ele levaram um humano de grande coração e espirito, chamava-se  Fenrir, um ferreiro e antigo cavaleiro morador solitário de um pequeno castelo das proximidades.
Este acolheu o pequeno lobo, ´pois pouco tempo após o nascimento e massacre que ocorrera o ferreiro em questão estava no seu caminho pra casa, adorador de cães e lobos se isolou em um castelo antigo de sua familia e passava o resto de seus dias  a criar tais animais, tinha dezenas de cães que amava e cuidava como sua familia, e alguns desses estavam com ele nessa fatidica noite, o transportando num trenó, quando pararam eo chamaram a atençao para o pequeno lobo branco na neve. ele desceu e então viu ali o pequeno animal branco respingado de vermelho, sangue já seco de sua progenitora, o pegou em seus braços sem medo e o enrolou num cobertor que tinha em seu trenó, seguiu assim com ele em seu colo ate seu castelo, sendo levado por seus amados e ate então curiosos cães que perceberam naquela noite que ganhavam um novo irmão.

Quando a aurora surgia, com um pequeno fio solar ao longe como se o mesmo estivesse com vergonha ou mesmo muito frio para sair de sua cama nos céus e agraciar os moradores com sua luz e calor, chegavam Fenrir e seus cães na sua morada, um pequeno castelo localizado naquela provincia, cercado por um mar de pinhos e carvalhos, coberto por neve e exalando um ar de paz e tranquilidade.
Retirou seu pequeno lobo branco do colo e deixou em um dos aposentos e acendendo uma lareira para que mantesse o ambiente quente e para que também aquecesse a chaleira e o bule que nela foram colocados, com agua para um bom chá preto, e leite para seu pequeno e alvo lobo.
Deixou seu novo afilhado nesse aconchegante ambiente e foi cuidar de seus cães, alimentando-os e trazendo para o salão principal de seu castelo, pois era la que ficava a moradia de sua familia canina e agora lupina também.

Lupi então cresceu feliz e agradado tanto por seu novo padrinho humano como pelos seus parentes caninos, ele ali aprendeu o valor do respeito e do agradar, aprendeu a farejar e a caçar, se tornou um grande caçador e até estrategista pois formava grandes emboscadas com suas caças, aprendeu a usar seus dons genéticos em seu favor, sempre trazendo assim alimento para seu tutor e familia.

Pois infelizmente num saudoso dia de verão, anos e anos depois seu amado tutor veio a falecer pois já se encontrava em uma idade avançada, por dias e noites sem fim se ouviram uivos chorosos e cheios de lamentos ecoando por aquele morro e seu castelo, que por aqueles que lá próximo passaram, e o denominaram:
" O morro dos ventos uivantes. "

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