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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lupi Parte 5 - Final


Saiu então de sua posição tão confiante aquele lobo mesmo ferido, novamente movido pelo ódio correu em grande velocidade mirando o filho, que tentou desviar mas não conseguiu foi pego por aquela imensa bocarra e atirado longe, seu pai lutava a muito tempo, mas já era um lobo de idade mais avançada e não tinha muito controle, pois era levado pelo fervor de seu sangue.
Ao bater de costas numa arvore, após ser arremessado por seu pai, ele utilizou de um artificio diferente para conseguir derrotar seu pai, pulou para a arvore na qual aterrissou, cravou as unhas na madeira e subiu, saindo da linha de visão de sua matilha e seu pai, pulou para dois galhos mais robustos e desceu então com boca e patas no pescoço de seu progenitor, fincou os dentes com tamanha vontade, e foi quando o sentimento de fúria de seu descentende tornou-se maior que o controle que ele tanto prezava, um momento BERSERKER ali se instalou no seu espirito, seus olhos brilharam e a intensidade e velocidade de mordidas desferidas era inigualavel, talvez só comparada aos de seu próprio pai em sua idade, ou alguns de seus cães da matilha de porte e descendencia lupina, foi então que mordeu as patas de seu pai o derrubando no chão, caído ali de lado e já com a vida esvaindo-se por inumeros lugares por aquele néctar ferruginoso vermelho que banhava a neve assim como no dia do nascimento do lobo que fazia a execução de mortal sentença.

Derrotado e morrendo os ultimos ganidos daquele lobo imenso e cinzento foram na realidade um singelo pedido:
- Desculpe, filho, eu a minha vida agi no ódio e desgraça mas agora me vou e vejo o quão imponente e verdadeiro se tornou, por seu olhar e lutar, por aqueles que o seguem, me desculpem; Saiu um pequeno uivo respeitoso daquele lobo derrotado, sendo agraciado então por um beijo gelado de um ser encapuzado de negro carregando nas costas uma foice, de dentro de seu capuz via-se dois pequenos pontos vermelhos e luminosos, mas apenas Lupi o observava, o ser dirigiu-se a ele, curvou-se lentamente acariciou a ferida que seu pai fez, sangrava ainda, mas o fluxo se reverteu, a carne rasgada se juntou, e uma cicatriz ali se apresentou, o ser novamente afagou seu pelo e levou o espirito do caido e tão odiado lobo, que fora seu pai.

A neve caia em minima intensidade onde ali poderia se contar pequenos flocos, reunia-se naquele vale algo de 100 animais entre lobos e cães, uivando em novamente unissono, mas dessa vez por respeito a alma de um lobo, que por maior ferocidade e atos indiscritiveis que tivesse cometido, merecia como todos os cães e lobos, o descanso eterno com paz e perdão.

Lupi então clama: -Aqueles que seguiam meu pai serão bem vindos em minha matilha se não forem movidos pelo ódio ou medo, mas sim pelo respeito e visar o melhor para todos a seu redor. Voltarão comigo ao nosso lar, um castelo a léguas daqui, aprenderão a caçar para a matilha e familia.
Todos os outros lobos de seu falecido pai abaixaram seus focinhos em uma reverencia, um lobo então se aproximou latindo:
- O seguiremos e assim aprenderemos contigo senhor dos lobos e cães, pois fomos sempre movidos pelo medo. e uivou sendo seguido por outros de sua matilha, e então de sua nova matilha.


Voltaram para seu castelo no morro dos ventos uivantes e até hoje suas proles são vistas por aquelas bandas.

O cão que encontrou Lupi no começo deste conto também se juntou a ele, e ensinou-os muito sobre o amor e carinho, sobre lugares e as diferenças e semlhanças sobre os cães e lobos. Mas ficarão seus ensinamentos para um próximo dia ( ou noite de lua).


Inspirado e dedicado por e pelo amor que nutro pelos cães e sua familia;

Dedico também aos criadores e salvadores, os protetores e amantes de animais.

Emerson Schuede

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