Vesti meu manto,
Abri negras asas e voei até a minha maior montanha,
Sentei-me numa pedra que dava vista para todo o vale de minha alma,
Lá esperei então enquanto observava as estrelas e o tudo ao redor,
Como tudo funcionava e até então se tentava...
Questões sem fim vinham até mim,
Resolvi então de musica usar e assim me expressar,
Já que então palavras não mais funcionariam,
As que foram ditas, o vento se encaminhou de carregar,
E tanto a alegria como a tristeza foram sopradas para outro lugar...
Só e quieto resolvi ficar,
Me acomodei melhor na pedra e começei a canção entoar.
Então ainda percebi que nada correto estava,
Levantei minhas mãos murmurei um pequeno encantamento,
Minha mão direita então recebeu o seu efeito,
Criando assim unhas negras de marfim,
Num rápido movimento em direção ao coração,
Carne e osso abriram espaço para a mão operar,
E de lá arrancar meu coração,
Com outro murmurio minha pele se remendou,
Mais um então para a aparição de um pequeno prato,
Também de negro marfim, ali enfim,
Jazeria meu coração, até que então
Fosse retirada a maldição,
Com fogo e paixão;
Volupia e prazer.
Um dia esse coração iria bater...
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